Com o aceno entusiasta do campo do Barro Vermelho toda a vereação municipal mais o Conselho Municipal de Edução exultou.
Ninguém cuidou de saber se há dinheiro para mais um "centro escolar". E ninguém estranhou, de ver substituir duas escolas básicas dentro do Centro Histórico, como era o caso dos Quinchosos e do Alto de Stº António, por um centro escolar, a mais de um quilómetro da primeira e a 500 metros da segunda, no campo do Barro Vermelho, que já está claramente, fora do Centro Histórico.
A menos que digam que já não há alunos dentro do respectivo Centro Histórico, convenhamos que alguma coisa falhou nesta nova localização.
E se já não há alunos no Centro Histórico, então, resta saber se na Avª das Forças Armadas, entre a Rotunda do Quartel e a Rotunda de Stº António já nasceram assim tantas crianças para ali se instalar um centro escolar.
Vendo bem, a escola António Torrado parecia suprir todas as necessidades nas redondezas da Encosta da Barata. E no bairro Vermelho, nada ainda aconteceu que alterasse os dados conhecidos, quanto a população infantil.
Substituir duas acanhadas escolas no Centro Histórico, por um Centro Escolar no campo do Barro Vermelho parece ser uma aposta mal sustentada. Tão pouco, vir dizer-se que na Encosta Sul, a Escola Raúl Figueiredo tendo terrenos com problemas geológicos, não suporta mais um alargamento, para aí albergar os alunos dessas duas escolas, parece ser uma justificação pouco séria.
É que a poucas centenas de metros está implantado um hospital com dez pisos, e não faltam nas proximidades desses terrenos ditos com problemas geológicos, edifícios com três pisos.
No limite, essa escola tem estado a constituir um perigo público, cujas vítimas alvo seriam as nossas crianças?!
Tratando-se de um centro escolar num edifício de um só piso, não se percebe muito bem quais as razões de monta dessas implicações geológicas, para com esse projecto de alargamento da Escola Raúl de Figueiredo.
Quid Juris?
Falta ao nosso poder local, um superior visionamento, à laia do que antes fazia o Corregedor de Tomar, que nas suas visitas pelos concelhos vizinhos, não se ensaiava nada em dar ordem de prisão aos autarcas incompetentes.