Porque há sempre um grupo de municípes capazes de carregarem com a bandeira da "clubite", obstruindo qualquer discussão séria em redor da necessária aferição dos melhores investimentos.
A urbanização municipal da Colina do Tejo, que teve o meu voto contra, em 2002, poderia valer cerca de 5 milhões de euros. Nelson de Carvalho apostava em recolher mais de 7,5 milhões de euros.
As obras de algumas das infra-estruturas da urbanização, mais os custos dos projectos somaram mais umas centenas de milhares de euros, fora o valor do terreno em bruto. Tudo custos que a contabilidade de uma autarquia não pode nem deve escamotear.
Com estes valores deitados à rua, a obra social do concelho poderia sofrer uma grande transformação. Porém, nada parece incomodar as consciências dos municípes, todos arredados destas questões, por força de cumplicidades nunca antes vistas.
Apesar destes desperdícios grosseiros, até um advogado da oposição em sede do Conselho Municipal de Segurança conseguiu introduzir a "bondosa" pergunta que tanto deliciou a autarca municipal, ao perguntar com candura se a Câmara tinha meios financeiros disponíveis para " instalar" na Escola Primária do Souto, um Posto de Bombeiros na época estival, o que se podia fazer com pouco mais de 50 mil euros, e ainda recolher apoios institucionais da EPAL, da EDP, da REN e da CE.
E nem lhes digo, quem regozijou mais diante desta questão, se o jurista e deputado municipal da oposição (ICA) se a própria presidente da câmara, que não podia imaginar ter logo ali à mão, tão oportuno aliado para com a sua má vontade, contra a floresta de mais de 100 km2, precisamente a área florestal do Norte do concelho.
Quando chegamos a estes patamares de iniquidade, deixamos de estar no mundo da civilização ocidental. Aquilo é jacobinismo político próprio das ditaduras do terceido mundo.
E claro, que se o poder municipal ficou mal na fotografia, a oposição não ficou melhor. Tanto mais, que nunca os vereadores do PSD ou do ICA, conseguiram interiorizar toda esta iniquidade. Já se esqueceram.
Tão pouco valeu a pena vir a deputada municipal e líder da bancada do grupo social democrata pugnar pela defesa da floresta. Claro que o PS não ligou ao tema. Já tinha "metido no bolso" o líder da bancada municipal do ICA. E os vereadores do PSD já não contam para nada.
Vá, toca lá a arrajarem mais listas de "independentes", que o PS aplaude. E o "stablishman" citadino rejubila, sempre agradado com a feliz coincidência do dito pluralismo democrático conseguir a sublime proeza de coexistir lado a lado, com a tendência sectária e jacobina, de nunca fugir ao voto "certo", nos mesmos de sempre.
Não é um gozo?!
Não é um gozo?!