«(...) A razão é óbvia: os vistos gold são uma escandalosa violação de um princípio de igualdade que deveria ser sagrado, tanto para cidadãos nacionais como para estrangeiros. Nenhum de nós admitiria que direitos fundamentais como a residência ou circulação estivessem dependentes do tamanho da nossa conta bancária. Isso seria uma clara inconstitucionalidade. Mas é isso que a Lei 29/2012 permite a cidadãos estrangeiros: comprar o direito a viver em Portugal e a passear pela Europa por 500 mil euros. Ainda por cima, vendemo-nos por pouco.»
O comentador em causa, fala num princípio de igualdade quando sabe que muitos desempregados no nosso país pagaram com a perda de emprego, - em muitos casos, uma perda de emprego para o resto das suas vidas - a concessão a outros, do "direito" e do benefício do rendimento do trabalho e emprego, nas partes mais longínquas deste mundo.
Sejamos claros, fora da regra de residência consagrada pelos vistos "gold", quer em Portugal quer numa boa dezena de países da CE, mais a Suíça, o Canadá e os EUA, não existe mais liberdade de residência, que não passe pelos apertados critérios de imigração que restrigem ao máximo, quem não tiver consigo uma carta de trabalho.
Portanto, o que disse esse jornalista e comentador do Público foram asneiras.
Para um país com um tecido ecoñómico constituído por 85% de micro, pequenas e médias empresas percebe-se a necessidade do ajustamento e redução do número de postos de trabalho a criar pelos novos investidores, que passaram de 30 para apenas 10.
Claro que a limitação de conhecimentos do jornalista sobre a realidade do seu país, não lhe permitiu esse entendimento.
Quanto à co-propriedade, enfim, quando o país clama por investimento estrangeiro o jornalista chutou para canto, com a sua observação patética.
Portanto, ninguém poderia encontrar um sócio estrangeiro com dinheiro para investirem num negócio comum, como se o mesmo investimento só pudesse vir da empresária Isabel dos Santos, associada a grandes negócios com o "patrão" do jornal Público, o Sr. Belmiro de Azevedo.
Uma tristeza de raciocínio imberbe.