Companheiro Paulo Portas, todas as lideranças têm um fim.

ALDEIA de MATO e SOUTO com a sua "UNIÃO" tem o caminho aberto para serem a MAIOR e MAIS PROMISSORA FREGUESIA do CONCELHO de ABRANTES. Basta saber livrar-se uns "certos jumentos" da canga autárquica...

domingo, 14 de dezembro de 2014

5.172 - « Do QUE NOS LIVRÁMOS» - escreveu José António Saraiva, no SOL

Sobre o recluso 44, claro!


« Em 2008, o BPN foi nacionalizado contra a vontade dos seus accionistas. Na altura, poucas vozes contrárias se fizeram ouvir, até porque a nacionalização tinha o aval do governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio.
Após este acto, o Governo designou como administrador do BPN Francisco Bandeira, um homem da confiança pessoal de Sócrates. 
Entretanto,  no ano seguinte, na sequência de convulsões internas, o BCP seria 'governamentalizado', entrando para a administração Carlos Santos Ferreira e Armando Vara, notórios amigos de Sócrates.
O BES, por seu lado, era governado por Ricardo Salgado, cuja cumplicidade com Sócrates se tornou a partir de certa altura evidente, ao ponto de - quebrando a sua proverbial contenção nas referências ao poder político - elogiar por diversas vezes o primeiro-ministro em público. 
Quanto à CGD, era tutelada pelo Governo.
Em conclusão, exceptuando o BPI (de Fernando Ulrich), a partir de 2009 toda a banca ficou 'nas mãos' de Sócrates ou dos seus amigos: CGD, BCP, BPN e BES - para não falar do BdP, onde pontificava Constâncio.
Na comunicação social a situação também não era famosa.
No início do consulado de José Sócrates, o grupo Controlinvest (DN, JN e TSF), de Joaquim Oliveira, foi logo identificado pelo primeiro-ministro como um potencial aliado (até pela sua dependência da banca).
O grupo Cofina (Correio da Manhã e Sábado), de Paulo Fernandes, também se mostrava cauteloso nas referências ao Governo. 
O grupo Impresa (SIC, Expresso e Visão) mantinha-se na expectativa. 
O grupo RTP (RTP e RDP) pertencia ao Estado e mostrava-se dócil.
O grupo Renascença não se metia em sarilhos.
Restava o quê? 
A TVI e o Público - este dirigido por José Manuel Fernandes, considerado por Sócrates persona non grata.
O SOL só apareceria mais tarde.

Quando rebenta o caso Freeport, em 2009, as coisas vão aquecer. 
A TVI estabelece um acordo com o SOL para a investigação daquele tema e torna-se para Sócrates um inimigo declarado. 
Manuela Moura Guedes, a pivô do jornal televisivo de sexta-feira (que antecipa as notícias do Freeport), é o primeiro alvo a abater - e Sócrates empenha-se em afastá-la por todos os meios; mas tal não se mostra fácil, dado ser mulher do director da estação, José Eduardo Moniz. 
Em desespero, Sócrates tenta usar a PT para comprar a TVI, mas o negócio borrega.
Também há tentativas para fechar o SOL, através do BCP (que era accionista de referência do jornal), comandadas por Armando Vara. 
No que respeita à Impresa, apesar de não fazer grande mossa ao socratismo, sofre vários ataques, designadamente por parte de Nuno Vasconcellos e Rafael Mora, líderes da Ongoing e próximos de Sócrates, que tentam encostar Balsemão à parede.
Finalmente, sem se perceber porquê, Belmiro de Azevedo aceita a saída de Fernandes da direcção do Público, e Moura Guedes e Moniz deixam a TVI (indo este estranhamente para a Ongoing…).
O SOL fica isolado - e só se salvará por ser adquirido por accionistas não envolvidos na política interna.
Visto o controlo substancial de Sócrates sobre a banca e a comunicação social, olhemos para o poder político.
Sócrates dominava naturalmente o Governo, de que era o chefe, e o Parlamento, onde o PS tinha maioria absoluta - só lhe escapando a Presidência da República.
Por isso, voltou contra Cavaco Silva todas as baterias.
O PS e o Governo tentaram tudo para implicar Cavaco no caso BPN, por deter acções do banco (embora as tenha vendido antes de ir para Belém).
Esta campanha contra o Presidente da República ressuscitaria com estrondo nas eleições presidenciais de 2011, com a cumplicidade - diga-se - de muita comunicação social.
Outro momento alto da guerra contra Cavaco foi o aproveitamento de uma gafe de um seu assessor, Fernando Lima - que tinha falado a um jornalista sobre a possível existência de escutas a Belém -, para tramar o Presidente.
Usando uma técnica nele recorrente, Sócrates armou-se em vítima, virou os acontecimentos a seu favor e tentou destruir Cavaco Silva, acusando-o de montar uma cabala. 
Outra vez com a ajuda de muitos jornalistas, os socratistas exploraram o caso à exaustão e o assunto foi objecto de intermináveis debates televisivos - onde se chegou a dizer que o PR tinha de renunciar ao cargo!
A campanha não matou Cavaco mas fez mossa, fragilizando o único bastião que não era dominado por Sócrates na esfera do poder político.
Talvez hoje alguns jornalistas percebam melhor o logro em que caíram.
 
Passando finalmente à Justiça, Sócrates tinha no procurador-geral da República, Pinto Monteiro, e no presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Noronha do Nascimento, não propriamente dois cúmplices, como alguns disseram, mas duas pessoas que pareceram sempre empenhadas em protegê-lo, fossem quais fossem as razões. 
Nesta área, Sócrates contava ainda com um bom aliado: Proença de Carvalho, pessoa influente nos meios judiciais (incluindo junto de Pinto Monteiro).
E teve sempre o apoio do bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho e Pinto.
Portanto, também aqui, o primeiro-ministro estava bem acolchoado.
Governo, Parlamento, Justiça, comunicação social, banca: Sócrates controlava os três poderes do Estado - executivo, legislativo e judicial - e estendia os seus tentáculos ao quarto poder (os media) e ao poder financeiro (os bancos).
Talvez muita gente não se tenha apercebido na época deste cenário aterrador. 
Mas olhando para trás - e sabendo-se o que hoje se sabe - temos noção do perigo que o país correu: um homem sobre o qual pesam suspeitas tão graves chegou a deter um poder imenso, que se alargava a todas as áreas de influência.
Só de pensar nisto ficamos assustados - e é muito estranho que alguns dos que privavam com ele não se tenham apercebido de nada.
Foi lamentável ver pessoas de bem - como Ferro Rodrigues ou Correia de Campos - fazerem tão tristes figuras, defendendo-o encarniçadamente até ao fim.
É certo que, como bem disse José António Lima, a democracia venceu-o, afastando-o do cargo.
Mas também foi a democracia que permitiu que um homem como este chegasse a reunir um poder tão grande em Portugal.
Isso mostra a vulnerabilidade do sistema democrático.
P. S. - No caso dos vistos gold, logo a seguir às detenções, deu-se por adquirido que os arguidos eram culpados, considerou-se “inevitável” a demissão de Miguel Macedo, e António Costa disse que o Governo ficava “ligado à máquina”. Uma semana depois, as mesmas pessoas contestam a prisão de Sócrates, invocam a “presunção de inocência” e acham “absurdo” falar na hipótese de demissão de António Costa. Palavras para quê?  
 

BLOGUE PICO do ZÊZERE ABT

INICIADO em 27.10.2007

Nos idos de 1970 torneios sem subsídios mas muito amor e suor...

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Equipa de futebol do Souto, c/ João Pico a capitão da equipa ( 2º em cima à esqª.)

É esta a obra que Sócrates inaugurou e depois mandou "AFUNDAR"...

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Paulo Portas e João Pico vendo o Parque Ribeirinho...

O Urbanizador foi mesmo a Câmara, acreditem!...

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Alta tensão sobre Urbanização Municipal nas Arreciadas

Fados no Rossio ao do Sul do Tejo, ontem no Jantar dos Lyon`s de Abrantes

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Nuno Pico acompanhado à guitarra por Alfredo Gomes e na viola José Mário Moura

CIDAS, em 1975,a água de REGA no SOUTO - 10 anos antes da água dos SMAS! FUI um dos FUNDADORES!

CIDAS, em 1975,a água de REGA no SOUTO  - 10 anos antes da água dos SMAS! FUI um dos FUNDADORES!
E desafiei o então presidente, Engº José Bioucas a ir à albufeira do Castelo de Bode connosco buscar água para a freguesia e para ABRANTES. Só que o Engº riu-se... E só em 2001 é que lá foram à albufeira... Tive razão antes do tempo...

Nascido e baptizado no Souto, comigo não há dúvidas de que sou do Souto de Abrantes

Nascido e baptizado no Souto, comigo não há dúvidas de que sou do Souto de Abrantes
Retábulo da Matriz do Souto onde João Pico foi baptizado

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