Claro que muitas vezes foi um anónimo mas influente conterrâneo, com a convicção que se tem por um amigo, quem persuadiu outros para com ele "apoiarem" o nome que partiu da cabeça desse conterrâneo. O mesmo é dizer, que só por mero acaso, é que o nome indicado poderá reunir o melhor perfil para o cargo.
Convenhamos que esse aspecto do melhor perfil, nunca esteve em cima da mesa. Quando muito, o único perfil que foi considerado foi o de saber se o nome escolhido correspondia à pessoa mais capaz de dar a volta à cabeça dos eleitores e ter o impacto pessoal de impressionar bem as mulheres da terra, porque as mulheres são em maior número no caderno eleitoral.
A LISTA DA OPOSIÇÃO apresenta um candidato jovem.
Então, é importante a lista no "poder" apresentar um número dois - o vice-presidente - jovem e classifica-lo de "delfim" para dar ao eleitorado a ilusão da mudança na continuidade...
E já agora, o grupo empresarial dominante, sempre ao lado do poder local nos últimos negócios da vida municipal, até consegue de uma só cajadada, "matar dois coelhos": propõem o apoio a um número dois da sua conveniência empresarial e antevê nele a continuidade dos bons negócios com a autarquia nos mandatos seguintes.
Porém, como os mandatos são de quatro anos, e as coerências nos eleitos mudam a toda a hora, em razão das conveniências pessoais dos carreiristas, pode um número dois menos persistente e por natureza um fraco não "durar" mais de um ano no cargo.´
E lá se vai a ideia que só os tolos acreditaram, de que iríamos ter delfim. A lista de 4 ou 5 eleitos da mesma cor partidária pressupõe sempre a "fidelidade cega" ao cabeça de lista. Se esse cabeça de lista fosse suspenso de funções, ninguém podia garantir a fidelidade dos restantes eleitos ao tal delfim, e nº dois. Perdia-se a fidelidade original e era todos ao molho e Fé em Deus.
O GRUPO EMPRESARIAL NÃO DESARMA
Nas eleições seguintes, com o partido no poder agora com um candidato do fim da lista, no mandato anterior, em cabeça de lista, o grupo empresarial temeu perder os benefícios que tanto lhe custaram em pagar com favores.
A ideia passa a ser outra: dar voz ao descontentamento popular forjando um candidato dito independente.
Recolhidas que foram as centenas de assinaturas dos eleitores, um advogado na liderança da recolha das assinaturas logo deu o mote: viva a obra do poder local!
Ou traduzindo: há que continuar com as mesmas obas que tanto dinheiro deram ao grupo empresarial.
PUDERA!!!
Portanto, como diria Brito Camacho, " aquela coisa que a gente sabe é a mesma, só mudaram as moscas"...
E O POVO, PÁ?!
Metade do povo embirrou que não ia votar, querendo parecer mais esperto do que os outros. E a outra metade era presa fácil do "marketing político" instituído.
Vitória, vitória, vitória...
E foi assim que s jovens que educámos foram parar a Espanha, à Alemanha, a Inglaterra , à Suíça e à França e ao Brasil e a Angola.
Não cabiam mais no concelho, dizem por aí...!