Companheiro Paulo Portas, todas as lideranças têm um fim.

ALDEIA de MATO e SOUTO com a sua "UNIÃO" tem o caminho aberto para serem a MAIOR e MAIS PROMISSORA FREGUESIA do CONCELHO de ABRANTES. Basta saber livrar-se uns "certos jumentos" da canga autárquica...

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

5.215 - Os filhos do trisavô João Rodrigues Baptista - para repôr a verdade de factos incontornáveis.

João Rodrigues Baptista era filho do sacristão Militão José Baptista, que por sua vez era neto de Manuel Baptista,  natural da Malhada, Via de Rei, que casou em segundas núpcias com Teresa de Jesus, do Souto, trazendo consigo do primeiro casamento um filho que foi o Reverendo Padre José dos Santos Baptista, que a revista Zahara aponta erradamente, como pároco no Souto. 
Viveu no Souto, comprou uma fazenda em hasta pública, ( governos liberais, 1834) que era da Igreja, na actual Gafaria e Horta da Fonte, que ainda hoje tem Baptistas como seus proprietários. Era e empre foi professor de Teologia no Seminário do Fundão, onde há uma inscrição com o seu nome. O padre apenas celebrou algumas missas com autorização gentil do pároco da época Vicente Rosa, especialmente em cerimónias de casamento e baptizados ligados a familiares de apelido Baptista, como se nota bem nos Livros de Assentos depositados na Torre do Tombo e que consultei há anos.
 
O nome do primeiro Baptista que se conhece no Souto foi portanto, o de Manuel Baptista. O aludido trisavô João Rodrigues Baptista já pertence à terceira geração dos Baptistas, no Souto e não, à primeira como o autor dessa pretensa "história" afirmou.
 
Sobre os filhos de João Rodrigues Baptista, o que terá merecido maiores atenções do autor dessa "história" foi o seu primogénito com o mesmo nome do próprio pai. Haveria algumas considerações a tecer sobre a sua alegada dádiva em testamento. A mesma teria sido uma recompensa do falecido por que com a morte prematura do seu pai teria exigido partilhas imediatas, para prosseguir estudos, deixando alguns dos 8 irmãos ainda menores entregues à viúva sua mãe.
Mas esse é um pormenor a que no momento não poderei adiantar muito mais. Sei que o "testamenteiro" no Souto foi um cunhado do professor Tio João Borda d`Água, e bisavô do autor, de nome Martinho Galérias e a filha deste, Guilhermina Baptista, porque a esposa do Martinho Galérias, Maria da Conceição Baptista já teria falecido dois anos antes do irmão.
 
E dos Baptistas  do Souto, que não receberam "lembrança" alguma do tio João Borda D`Água, como era conhecido o professor de Constância,  ficaram excluídos os filhos e netos do meu bisavô Francisco Rodrigues Baptista. O filho do Francisco, que era o Martinho Rodrigues Baptista e a irmã deste, Benvinda Baptista, casada com o negociante de fruta, Manuel Pedro Pedreiro ( o Tio Manuel Arrenca), os primeiros por descortesia grosseira e a segunda por ser considerada uma pessoa abastada, dados os negócios de fruta do marido.
 
As quatro filhas do irmão do tio Borda D`Água, o Joaquim Rodrigues Baptista, casado com uma senhora de apelido Páscoa da Ribeira da Brunheta, é que viriam a receber um quilo de açúcar "fornecido" pela mercearia do alegado "testamenteiro", o Martinho Galérias e da filha Guilhermina e do genro, o "Manelinho do Sardoal", como era conhecido o tio Manuel Curto.
 
António Rodrigues Baptista, solteirão, dono de uma moradia na Estrada de Benfica, mesmo ás Portas de Benfica, terá sido provavelmente o filho com melhor estatuto social, desde logo, por ter sido muito jovem, nomeado regedor no Souto e depois durante longos anos chefe da Estação do Entroncamento e de seguida chefe da Estação de Braço de Prata, duas das mais importantes gares da CP.
 
Todavia, Manuel Rodrigues Baptista, casado com a "Tia" Antónia da Conceição, uma senhora muito generosa oriunda de Alenquer fez juntar a si muitos dos familiares dispersos por Lisboa, como o irmão Agostinho ( que se terá suicidado), o próprio irmão António, o irmão José Baptista e o sobrinho Martinho Rodrigues Baptista ( meu avô) que nos anos em que trabalhou em Lisboa, ainda jovem e solteiro, como servente e carpinteiro era visita com assento permanente à mesa, nos famosos almoços e jantares que se serviam na casa do Tio Manuel Baptista, todos os domingos.
 
Almoços a que além dos mencionados familiares também surgiam pessoas com peso na administração pública, chefes de repartições e funcionários públicos, colegas do serviço do tio Manuel Baptista, a que a circunstância da sua alegada ligação à maçonaria, muito reforçava essas amizades.
 
O meu avô Martinho era muito acarinhado pela tia Antónia,  uma gentileza de pessoa,  - muito diferente da filha a professora D. Alice, uma solteirona muito fria no relacionamento com os seus familiares.
O facto da tia Antónia ter consigo duas sobrinhas ainda jovens também poderá reforçar a gentileza para com o meu avô Martinho.
 
Era muito conhecida a advertência meio irónica, que o tio Manuel fazia aos presentes e em especial ao sobrinho Martinho ( meu avô) de que todos os domingos à mesma hora ( meio dia e meia hora) seria servido o almoço. Quem estiver tudo bem, e sublinhando com ênfase logo concluía, que "quem à hora não chegar comerá do que encontrar!"
 
Mas o que talvez animasse mais o meu avô, na altura um jovem solteiro, que não deixava de impressionar as sobrinhas da tia Antónia, eram os cânticos dessas tardes, onde os jovens não deixavam os seus dotes por mãos alheias. Postados à volta do piano lá da casa, tocado pela filha dos donos da casa, a professora Alice Baptista, toda a tarde se cantava e se trocavam sorrisos e olhares com inusitada malícia.
O primo da província, como era designado o meu avô Martinho, não podia estar mais satisfeito com a vida. Imagine-se como este convívio que se fez hábito numa família oriunda da província e moradora em Lisboa, num primeiro andar da Rua Carvalho Araújo, em Arroios se dissipou por completo nos nossos dias, para não dizer que acabou há décadas.

Fui a essa casa duas vezes, antes dos seis ou sete anos, ( para aí, em 1956 a 1958) uma vez com a minha mãe e outra com o meu avô, quando a dona da casa já era a professora Alice, com os pais já falecidos há anos. Não bebi lá um copo de água, nem soube se havia por lá rebuçados ou bolachas para dar a uma criança, e muito menos, alguma revista do Cavaleiro Andante. Também nunca mais a prima Alice professora terá perguntado por mim.
Seria muito diferente o acolhimento, se a D. Antónia, sua mãe ainda fosse viva. Não vale a pena alimentar mais mentiras, quanto à bondade da professora Alice.

O tio Manuel Baptista tinha uma casa no Souto, na Rua das Amendoeiras, ali quase pegada, pelo lado de baixo, com o antigo lagar do Sr. Carvalho. Era uma casa com um átrio em sala e dois quartos e cozinha. Todos os anos pelo verão ( Agosto) pai, mãe e filha ali passavam umas semanas de férias. Ali recebiam os familiares e traziam prendas para distribuir entre os Baptistas.

A visita a casa dos familiares revestia-se sempre de uma postura muito caricata. Por questões de regras maçónicas, o tio Manel ficava sempre na rua à janela das casas que visitava, alegando que não entrava em casas com santos ou crucifixos nas paredes. Só a tia Antónia e a filha Alice é que tomavam assento na sala e ali conversavam com os familiares da casa.





 
 
( continua)
 
 
 
 

BLOGUE PICO do ZÊZERE ABT

INICIADO em 27.10.2007

Nos idos de 1970 torneios sem subsídios mas muito amor e suor...

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Equipa de futebol do Souto, c/ João Pico a capitão da equipa ( 2º em cima à esqª.)

É esta a obra que Sócrates inaugurou e depois mandou "AFUNDAR"...

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Paulo Portas e João Pico vendo o Parque Ribeirinho...

O Urbanizador foi mesmo a Câmara, acreditem!...

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Alta tensão sobre Urbanização Municipal nas Arreciadas

Fados no Rossio ao do Sul do Tejo, ontem no Jantar dos Lyon`s de Abrantes

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Nuno Pico acompanhado à guitarra por Alfredo Gomes e na viola José Mário Moura

CIDAS, em 1975,a água de REGA no SOUTO - 10 anos antes da água dos SMAS! FUI um dos FUNDADORES!

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E desafiei o então presidente, Engº José Bioucas a ir à albufeira do Castelo de Bode connosco buscar água para a freguesia e para ABRANTES. Só que o Engº riu-se... E só em 2001 é que lá foram à albufeira... Tive razão antes do tempo...

Nascido e baptizado no Souto, comigo não há dúvidas de que sou do Souto de Abrantes

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Retábulo da Matriz do Souto onde João Pico foi baptizado

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