Companheiro Paulo Portas, todas as lideranças têm um fim.

ALDEIA de MATO e SOUTO com a sua "UNIÃO" tem o caminho aberto para serem a MAIOR e MAIS PROMISSORA FREGUESIA do CONCELHO de ABRANTES. Basta saber livrar-se uns "certos jumentos" da canga autárquica...

sábado, 20 de maio de 2017

5.244 -  In Memoria da História do Souto

4.058 - Só por Abrantes é que há "historiadores" que desconhecem as origens familiares
Um trabalhador do padre do Sardoal, de apelido Gaspar casou para Água das Casas, nos idos de 1820, com uma senhora dessa povoação. Apadrinharam o acto por parte da noiva, uma senhora muito caridosa da época, D. Helena Baptista e o marido e por parte do noivo, o próprio pároco do Sardoal. O ofício foi celebrado pelo Reverendo Padre, José dos Santos Baptista, na Igreja do Souto.
Não é difícil após estes factos, de estabelecer as ligações deste sardoalense de apelido Gaspar com certo historiador local e admitir algum parentesco da noiva com a família Baptista, já que o pai do Padre Baptista era natural da Malhada, Vila de Rei povoação vizinha de Água das Casas. A circunstância de ser ele a celebrar o ofício, como sucedia com outros familiares de apelido Baptista, como relatam os assentos paroquiais dessa época, arquivados na Torre do Tombo, também terão que ter algum significado mais.

Mas há outro historiador, de sobrenome Baptista, que conseguiu escrever a história da terra [ o Souto] sem suspeitar - apesar de eu próprio o ter elucidado previamente à publicação do livro - de que a sua bisavó Maria Baptista e o meu bisavô Francisco Baptista eram irmãos, ambos filhos do nosso trisavô, João Rodrigues Baptista, que foi presidente de Junta, com seu jovem filho António em Regedor, antes deste ter seguido para o Entroncamento e para Braço de Prata, onde foi chefe em ambas as estações da CP. Residia numa moradia na Estrada de Benfica, onde costumava reunir nos almoços de domingo alguns familiares e pessoas influentes da vida lisboeta.
O Padre José dos Santos Baptista [ docente no Seminário do Fundão ] era filho do primeiro casamento do meu penta avô Manuel Baptista, que veio da Malhada, Vila de Rei para casar em segundas núpcias com uma senhora do Souto. O meu tetra avô Militão Baptista filho desse casamento era por conseguinte, meio irmão do Padre Baptista.

Em 1813 ou 1815, há relatos de que o Padre Baptista se terá queixado publicamente ao Corregedor de Tomar, de que no Souto ainda havia cadáveres por enterrar, em resultado da chacina dos franceses.  Com a sua frontalidade, o Padre Baptista não foi nada simpático para com os Athaídes e Burguetes da época. Os Corregedores nesses tempos eram duros para com os vereadores e administradores do concelho.
Um tal Athaíde e um tal Burguete [segundo relato do historiador, ensaísta e político conservador José Acúrsio das Neves...] eram influentes no corpo administrativo do concelho. Curiosamente, antes e depois das invasões dos franceses, o que parece um pouco estranho. Mas "por Abrantes" comer com os franceses, enquanto estes chacinavam os habitantes do Souto era coisa chique... E depois sobreviverem politicamente também já é moda "por Abrantes"...

 E como em 1813, o capitão José Delgado Xavier do Souto foi impedido pelos demais autarcas ( um tal Athaíde e um tal Burguete eram dois dos vereadores influentes na Administração do Concelho, que curiosamente, governaram antes e depois da invasão dos franceses, já se fica a perceber certas animosidades parentais...) de tomar posse como vereador eleito, por oposição criada pelos restantes eleitos. Valeu ao Capitão Delgado Xavier ( seguramente, aparentado com a família Baptista por outros factos relatados ) a carta escrita pelo seu irmão o Juiz João Delgado Xavier, juiz de fora em Abrantes, enderaçada à Marquesa de Abrantes, acabando esta por repôr a legalidade eleitoral.
Estas lutas pelo poder explicam muitas coisas por Abrantes...

Estranhamente, dois historiadores da terra é que parecem desconhecer demasiados factos, para quem se afirma como historiador.
Subsiste ainda o desvendar do casamento do Padre João Baptista de Castro com uma Josefa Baptista, senhores de muitos bens, que deixaram aos nove filhos do meu trisavô, João Rodrigues Baptista.
Como se desconhece até que ponto há grau deparentesco desse Padre João Baptista de Castro, com outro padre do mesmo nome e que foi autor do primeiro mapa de Portugal e das Vilas e terras do país. Havia famílias de apelido Castro, em Vila de Rei.

Pelo relato de meu avô, sei que foi esse tio Padre, João Baptista de Castro que deixou os bens à nossa família.

A história do Souto fica muito incompleta sem os relatos das invasões francesas. E o mais estranho, é que seja um descendente da família Baptista a que pertencia o Padre José Baptista a querer ignorar essa situação, omitindo tudo isso no seu livro sobre a história da terra.

Não surpreende a minha animosidade e crítica a essa e a outras omissões, que me levou a falar em "verdadeiro apagão da história do Souto".

Outra omissão foi ao labor interessantíssimo das mulheres, tecedeiras do Souto, grandes empreendedoras e cujo feito merecia muito mais do que uma simples legenda numa foto. Triste, muito triste essa terrível e infeliz omissão às tecedeiras.




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INICIADO em 27.10.2007

Nos idos de 1970 torneios sem subsídios mas muito amor e suor...

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É esta a obra que Sócrates inaugurou e depois mandou "AFUNDAR"...

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Paulo Portas e João Pico vendo o Parque Ribeirinho...

O Urbanizador foi mesmo a Câmara, acreditem!...

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Alta tensão sobre Urbanização Municipal nas Arreciadas

Fados no Rossio ao do Sul do Tejo, ontem no Jantar dos Lyon`s de Abrantes

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Nuno Pico acompanhado à guitarra por Alfredo Gomes e na viola José Mário Moura

CIDAS, em 1975,a água de REGA no SOUTO - 10 anos antes da água dos SMAS! FUI um dos FUNDADORES!

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E desafiei o então presidente, Engº José Bioucas a ir à albufeira do Castelo de Bode connosco buscar água para a freguesia e para ABRANTES. Só que o Engº riu-se... E só em 2001 é que lá foram à albufeira... Tive razão antes do tempo...

Nascido e baptizado no Souto, comigo não há dúvidas de que sou do Souto de Abrantes

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Retábulo da Matriz do Souto onde João Pico foi baptizado

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