Cada vez mais se percebe como a delimitação da linha dos perímetros aedificandi dos PDM`s balizados pelas últimas casas em cada rua no nosso espaço urbano em área rural ou semi-rural, montou o apertado cerco do pinhal , cada vez mais em cima das habitações.
Se os terrenos em redor das últimas casas em cada rua das nossas aldeias, vilas e até cidades conhecessem uma linha de delimitação do perímetro urbano, nunca inferior a 100 metros para lá da última casa, os incêndios não atacavam tanto a periferia urbana, como aconteceu este verão por todo o país.
E com esse espaço circundante nunca inferior a 100 metros, os proprietários ficavam com um IMI mais pesado, por terem esses espaços em área aedificandi e passíveis de agravamento fiscal, caso deixassem que esses terrenos fossem absorvidos ou confundidos com espaço florestal, nomeadamente ocupados com pinheiros e eucaliptos.
Inclusivé, a possibilidade de edificação nesses terrenos deixados ao abandono e assim confundidos com espaço florestal podia sofrer interdições temporárias de edificação nos mesmos.
Penalizações que até já existiram e ainda existem, embora noutro quadro legal de ocupação de zonas de RAN ou REN.
Com que então, os fogos eram uma questão de matos mais crescidos, diziam os inimigos declarados da propriedade privada, pensando em matas do Estado.
Pois desta vez, nem a Mata do Pinhal de Leiria escapou, ardendo 80 % do seu espaço.
"Azar dos Távoras"!
Os fogos deste verão ao irromperem pelas povoações dentro vieram explicar como o ordenamento florestal tem que mexer e alinhar de mãos dadas com o ordenamento urbano, vulgo PDM`s.
Fazer coincidir a linha de delimitação urbana em tangentes com a última casa de habitação foi a forma mais estúpida de atentar contra a vida e a segurança de pessoas e bens. Está à vista...