- « Quando ficamos reduzidos a comer os nossos antepassados, o que nos resta?»
Ainda sobre os atropelos ambientais dos humanos, o autor prossegue:
«Há uma geração, os humanos evitaram a destruição nuclear; com sorte, continuaremos a iludir esses e outros terrores em massa...(...)... O nosso mundo, como alertam várias e respeitadas vozes, poderá um dia degenerar em algo parecido com um terreno vazio, onde corvos e ratazanas corram por entre as ervas, caçando-se uns aos outros. Se isso acontecer, a que ponto correram tão mal as coisas para que, com toda a nossa celebrada inteligência superior, não estejamos entre os sobreviventes?
A verdade é que não sabmos. Qualquer conjectura é perturbada pela nossa obstinada relutância em aceitar que o pior possa realmente acontecer. Podemos estar minados pelos nossos instintos de sobrevivência, moldados ao longo dos milénios para nos fazerem negar, desafiar ou ignorar as catástrofes sob pena de ficarmos paralisados de medo.
Será muito mau que esses instintos nos levem a esperar até que seja demasiado tarde.»
Como dizia o poeta, nós só mudamos depois de arruinados...