Depois, disse: « Houve um tempo em que havia partidos políticos, associações e até jornais com designações que os ligavam ao catolicismo.
Eu prefiro ( será que o Papa estará de acordo e a Gaudium et Spes ia nesse sentido?!...), que os católicos estejam nos diversos partidos (?!)...»
E eu recordo-me que houve um tempo que havia as missas na Capela do Rato...Tudo muito unido em demasiadas coisas... Veio o descalabro de Abril... Ocupações selvagens a que nem escapou a Rádio Renascença, etc, etc...
Claro que as convulsões políticas são muitas e esperam-se ainda muitas mais. Dava jeito ter católicos em todos os partidos. Mas, será que esses católicos, espalhados dessa maneira poderão convergir numa mesma ética e identidade, no momento em que for necessário tomar opções?!
Ou a Igreja e o Sr. Arcebispo estarão convencidos que a fidelidade desses católicos estarão sempre disponíveis 24 horas por dia às solicitações das hierarquias eclesiásticas( mutáveis), sem nunca poderem tomar opções pelo "clube e cor partidária"?!
Veja-se o que foi por aí de ex-seminaristas a virarem o bico ao prego!
É que o "clube partidário" pode a determinado momento chegar ao poder e gerar expectativas nesses mesmos católicos, que hierarquia alguma, jamais será capaz dos demover em seguirem rumo contrário ao partido.
Hoje, 25 de Novembro, data festiva, só o Correio da Manhã se lembrou do CORONEL JAIME NEVES.
Chocou-me que a locutora da RTP, na revista da imprensa tivesse feito vista grossa, sobre a foto e o título no fundo da página desse matutino.
Claro que o Coronel Jaime Neves não dizia nada que abonasse ao governo.
Disse Jaime Neves: « Não foi para isto que fizémos o 25 de Novembro!»
Para quem não se lembre foi no ano de 1975, quando mandava Vasco Gonçalves e o PCP.
E a revelação que fez Jaime Neves: Dezasseis furriéis e um alferes dominados pelo PCP e por Otelo quizeram esvaziar o comando de Jaime Neves nos Comandos da Amadora. Só que o PCP retirou o apoio a Otelo e este vingou-se e procurou inverter as coisas e que facilitar o regresso de Jaime Neves. Claro que os dezassete jovens militares foram todos presos. O PCP abandonou aqueles camaradas...
Arranjou outros camaradas melhores!
PSD, empresa
Presidente Câmara chairman ou CEO
Num concelho qualquer candidato cesarista, dá no quê?
Estou a referir-me à eleição do presidente em lista unonominal.
Uma vez eleito, segundo proposta defendida pela direcção de Meneses, mas que o aparelho não parece concordar por inteiro, tudo pode resumir-se a esta coisa muito simples:
- A empresa com mais peso e mais obras em carteira lá no concelho, escolhe um candidato ganhador, que é uma coisa muito útil para animar as hostes. Promete pagar uma campanha à americana. Quanto a vereadores, é tudo "TABÚ". E os portugueses ainda não esqueceram os tabus no PSD... Acabaram no pântano de Guterres, na entrada de leão de Barroso e na saída de sendeiro do Santana... Não interessa quem ganhou... Os portugueses é que não foram de certeza!
Presidente ganhador acaba vencedor e sem equipa. Porém, o acordo sob a mesa assinado pelo dito e os seus financiadores traz lá tudo: vereador do urbanismo um arquitecto ou engenheiro do gabinete de projectos dessa firma; vereador das obras municipais como não podia deixar de ser um outro engenheiro formidável a preencher e ganhar concursos públicos para a firma financiadora; vereador para os SMAS, o engenheiro de obras de saneamento da firma financiadora; vereador da Acção Social, o engenheiro da firma financiadora que costuma fazer umas obras nos lares e asilos; vereador da Cultura, bem aqui pode entrar o arquitecto ou a psicóloga mulher desse arquitecto, que trabalha com a firma financiadora, pois sempre podem ter que mostrar ou comprovar alguma cultura em público...
Se a coisa der para o torto a meio do mandato e se mostre muito evidente, até onde podem levar todas essas cumplicidades, sempre aparece um sobrinho ou um filho de um amigo do vereador, que até já tinha uma avença lá na empresa financiadora da campanha.
Campanhas geridas como verdadeiras máqunas empresariais, com lucros e prémios por objectivos alcançados.
Sistema de representação, já era!
Um voto, um prémio! Não há coisa mais práctica e funcional. É o partido empresa. Ou será a empresa partido? Isso agora não interessa nada.
Quando muito para entretaer o pagode vai-se para o Refendo ao Tratado de Lisboa! E um torneio de futebol com o Benfica e o Sporting, até ajudavam...
E um referendo, não é mesmo aquilo que mais precisamos?!
Se ninguém entende o ministro da Justiça e os atrevimentos e equívocos que despeja sobre o Procurador, se ninguém entende a prepotência do Fisco face às críticas do Provedor da Justiça, se o responsável pelo normal funcionamento das Instituições diz que há municípios que não podem já funcionar mais, o que é que nos livrar da fome, que não fosse um Referendo?!
Voltemos às Câmaras, com tudo feito com transparência e competividade. Aliás, não é por acaso que veio agora à berra a questão dos "sacos azuis" alimentados por umas fraudes fiscais, como disse Saldanha Sanches, que está farto de ver a coisa...
Só o "gajo" da CIP é que viu de longe, mas não se livra de "voar" de Alcochete... Ou quem sabe para ser o mártir de Alcochete... Estes jogos têm sempre as suas coisas esquisitas pelo meio...
Talvez fosse bom come çar a arrepiar caminho. Como disse alguém conhecedor do Mundo, o Terrorismo mata inocentes, precisamente, para desse modo enfraquecer ainda mais, a Confiança no Estado.
Ora, dentro desse raciocínio da morte dos inocentes, quem sabe se não seria altura de alguns anteciparem-se já, e declararem-se CULPADOS!