Um Natal em que não fosse levado a pensar que é Natal porque foi alguém do Partido ou do Governo ou da Oposição que "fez" com que fosse NATAL.
Um Natal em que os media não nos viessem lembrar que consumimos muito, depois de terem facturado ainda mais com a publicidade que os engorda e nos engana e nos arrasta e acicata a ingenuidade dos nossos filhos.
Um Natal onde não tivesse lido no Público, num texto do Prof. Santana Castilho, que afinal Portugal gasta no ensino menos do que a média dos países da OCDE...
Nem ter que ver que no ensino superior, Portugal gasta 7700 dólares por aluno, a Suécia gasta 16.200 dólares e os EUA gastam 22.400 dólares.
Como remata o autor: « Portugal não melhora chamando profissional a um ensino de papel e lápis, sem oficinas e laboratórios».
E quando tudo isto acontece, só voltando à alegoria de Churchil sobre o êxito:
-« ir de fracasso em fracasso, mantendo intacto o entusiasmo».
E os políticos mentem, manipulam, deturpam, porque é assim a política?!
E como é que se ergue um país próspero?
Com somatórios de mentiras, com enleios de manipulação, com cínica deturpação?!
Deixo-vos com este trecho de Alan Weisman, jornalista americano e autor do livro inquietante « O Mundo sem Nós":
- « O nosso mundo, como alertam várias e respeitadas vozes, poderá um dia degenerar em algo parecido com um terreno vazio, onde corvos e ratazanas corram por entre as ervas, caçando-se uns aos outros. Se isso acontecer, a que ponto correram tão mal as coisas para que, com toda a nossa celebrada inteligência superior, não estejamos entre os sobreviventes?
A verdade é que não sabemos!»
E deixem-me dizer-lhes, que aquilo que o nosso povinho garantia fiado na sua velha sabedoria, não é mais fiável. Atentem bem nisso. Quem é que ainda acredita nessa sentença do povo, tão carregada de fatalidade entre um encolher de ombros?!
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Assim: « Não há-de ser nada! »
Pois é, antes fosse nada! Porque se não for nada há-de ser alguma coisa, que de certeza não vem ao encontro dos nossos desejos.
Teimosamente, aqui fica o Voto:
- BOM NATAL!
Antº. Costa " esticou " demasiado a corda resumindo todo o problema à limpeza da floresta. Mas a que vai ser feita pelos privados. Pura falácia. O Estado, ainda tem muito mais a fazer. Faltam condições de dignidade social e económica aos rurais. Sobra muita floresta onde escasseia árvores de fruta, vinha e criação de gado. Uma vida equilibrada, rica e variada. Marcelo não escondeu quanto o segundo relatório aprofundou em relação ao anterior. Ainda havia (e há!) coisas por saber.
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INICIADO em 27.10.2007