A frase “ uma imagem vale por (dez) mil palavras”, inspirada num provérbio chinês, e escrita num jornal publicitário em 1921 por Frederick R. Barnard, então director de publicidade da Street Railways , a companhia dos carros eléctricos, ilustra bem o estado de desespero do presidente da Câmara zangado com dois presidentes de junta e com o governo, como rezaram as crónicas da última reunião da Assembleia Municipal.
Pena que essa reunião tenha custado cerca de quatro mil euros em senhas de presença e outras despesas de organização, o que é um preço demasiado elevado, para tão pouco!
Os dois presidentes de junta (Souto e Rio de Moinhos), não aceitaram que o progresso das suas terras se medisse em léguas de alcatrão. Daí a primeira discórdia!
Pena que essa reunião tenha custado cerca de quatro mil euros em senhas de presença e outras despesas de organização, o que é um preço demasiado elevado, para tão pouco!
Os dois presidentes de junta (Souto e Rio de Moinhos), não aceitaram que o progresso das suas terras se medisse em léguas de alcatrão. Daí a primeira discórdia!
O segundo “conflito” deve-se à recusa do autarca municipal em assinar o Protocolo de Descentralização de Competências do Ministério da Educação, onde contou com o precioso apoio do presidente da Assembleia Municipal, que é ao mesmo tempo Secretário de Estado. Tudo isso porque ambos acharam o texto do Governo, “ com expressões vagas e ambíguas”!
Tudo isto diante de uma oposição demasiado cordata, a votar na unanimidade, quando alguns concelhos vizinhos (senão todos), aceitaram esse mesmo Protocolo…
Pelos vistos, o autarca municipal e o Secretário de Estado teimaram numa segunda afronta municipal ao governo, em seguimento à postura anti-barragem de Almourol.
Estranho procedimento, vindo de alguém que há quatro anos atrás me “censurou” sem razão, com esta frase no limite do atropelo democrático, dizendo: “veja lá Sr. Pico, se para a outra vez encontra algo por Abrantes que possa dizer bem”…
Daí, que não obstante a resposta dada na altura, me veja tentado à réplica, dizendo:
- Veja lá Sr. Secretário de Estado, se para a próxima vez que vier a Abrantes, tem algo para dizer bem, nomeadamente, dos despachos do Governo a que pertence…
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Bastava a estranha coincidência do agravamento da taxa do IMI em 30 %, nos edifícios degradados dos Centros Históricos de Abrantes e Rossio, com a proposta em simultâneo de deslocalizar os novos Paços do Concelho ( já transcrito no post anterior...)
Bastava a estranha coincidência do agravamento da taxa do IMI em 30 %, nos edifícios degradados dos Centros Históricos de Abrantes e Rossio, com a proposta em simultâneo de deslocalizar os novos Paços do Concelho ( já transcrito no post anterior...)
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Passo ao C...
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Passo ao C...
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C ompreendem-se as exigências dos presidentes de junta, também eles desejosos de corresponderem ao pleno de reivindicações dos fregueses. Cabia ao presidente da câmara ousar de alguma pedagogia e rasgar novos caminhos, impondo um comprometimento dos presidentes de junta junto desse capital humano de fregueses ausentes por esse mundo fora, mas com tão importantes laços familiares e patrimoniais (de natureza urbano e rústico), para saber o que tencionam fazer essas pessoas pela cidadania local, pese o desconforto e má vontade diante da contabilidade mesquinha do voto partidário, de que nem todos os autarcas se sabem libertar.
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Catorze anos depois do Castelo de Bode e sem azedume entre autarcas, a electricidade chegava (1965), à sede de freguesia do Souto. O alcatrão não é tudo!
Catorze anos depois do Castelo de Bode e sem azedume entre autarcas, a electricidade chegava (1965), à sede de freguesia do Souto. O alcatrão não é tudo!
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Catorze anos depois do ordenamento municipal – o PDM – as mulheres e as crianças da Atalaia e de Bioucas, continuam a ter um percurso de quatro quilómetros de alcatrão partilhado entre as valetas e os carros ameaçadores, cujo destino comum fica na velha escola básica a meio caminho, (no Souto sede), sem que a uma ponta ou à outra nascesse o primeiro passeio para humanizar tão dura caminhada. O alcatrão não é tudo!
Catorze anos depois do ordenamento municipal – o PDM – as mulheres e as crianças da Atalaia e de Bioucas, continuam a ter um percurso de quatro quilómetros de alcatrão partilhado entre as valetas e os carros ameaçadores, cujo destino comum fica na velha escola básica a meio caminho, (no Souto sede), sem que a uma ponta ou à outra nascesse o primeiro passeio para humanizar tão dura caminhada. O alcatrão não é tudo!
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Catorze anos depois do mesmo PDM, Rio de Moinhos na urgência das alterações no trânsito rodoviário, ainda não chegou sequer à fase humanizada de exigir passeios desde a Aldeínha à Quinta da Capela, como se os coletes reflectores fossem a vestimenta mais típica para se andar nas ruas das nossas aldeias… O alcatrão não é tudo!
Catorze anos depois do mesmo PDM, Rio de Moinhos na urgência das alterações no trânsito rodoviário, ainda não chegou sequer à fase humanizada de exigir passeios desde a Aldeínha à Quinta da Capela, como se os coletes reflectores fossem a vestimenta mais típica para se andar nas ruas das nossas aldeias… O alcatrão não é tudo!
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À bondade do PDM de 1994, escapou uma rua paralela, em dique, desde a Aldeínha à Quinta da Capela na EN 3, sobrando espaço apenas para os pilares do viaduto da A-23.
Paradoxalmente, ao fim de tantos anos de proibições do PDM, ainda não fomos capazes de enumerar a necessidade dos passeios nas primeiras freguesias do concelho. O que é de todo deprimente.
À bondade do PDM de 1994, escapou uma rua paralela, em dique, desde a Aldeínha à Quinta da Capela na EN 3, sobrando espaço apenas para os pilares do viaduto da A-23.
Paradoxalmente, ao fim de tantos anos de proibições do PDM, ainda não fomos capazes de enumerar a necessidade dos passeios nas primeiras freguesias do concelho. O que é de todo deprimente.
Alguém andou a iludir o problema e a fugir às suas responsabilidades.
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Senhores autarcas, para que conste: estamos no século XXI!