Mário Rui Fonseca melhorou imenso a qualidade do programa, onde finalmente todos se ouviam falar, enquanto os restantes escutavam em silêncio. NOTA Máxima!
Quanto à Saúde, aproveitando a condição de um dos comentadores ser o Director do Centro de Saúde ( Dr. Fernando Siborro), acho que se podia ter ido muito mais longe.
Faltou tempo!
O número de médicos está no limite minimo: na linha de água!
Há conflitualidade funcional entre os médicos do Hospital e os médicos do Centro de Saúde, nomeadamente neste exemplo que o Director referiu:
- os médicos do Hospital podendo fazer logo as análises e exames a muitos dos doentes, acabam sempre por remeter os doentes para o médico de família, no Centro de Saúfde, para estes no fundo passarem as receitas e requisições, uma sobrecarga de ordem burocrática, que retira capacidade de trabalho aos médicos de família do Centro de Saúde.
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Há uma clara falta de gestão hospitalar e de gestão do Centro de Saúde, que parece já vir de trás.
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Dois pormenores mais: há o perigo de haver os tais médicos a reformarem-se no curto/médio prazo e nos últimos 22 anos , não chegaram médicos novos que por cá permanecessem e já saíram ou faleceram 9 médicos do Centro de Saúde.
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Finalmente, existem no Centro de Saúde de Abrantes, Constância, Mação e Sardoal, 27 estações ou postos de atendimento do Centro de Saúde, alguns com uma população de utentes da ordem das 300 pessoas, com o médico a ir uma vez por semana a Vale Zebrinho, duas vezes por semana a Vale das Mós e 3 vezes por semana a S. Facundo.
ANOTEI : Segundo o Dr. Siborro, era mais fácil as autarquias disponibilizarem transportes para irem às às povoações recolher os doentes ( a horas combinadas e em maior número de dias por semana), e transportá-los a uns Postos mais centralizados, pois isso permitia aumentar o número de atendimento de mais utentes por médico e com consideráveis melhorias no atendimento e cuidados prestados.
Alguém está a ver o presidente Nelson de Carvalho a tratar deste assunto?!
Ah, agora ( depois de eu falar, claro), vai fazer ou prometer ver a coisa...
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Está-se mesmo a ver não tá-se?!
Afinal o que é que ele fez todos estes anos?!
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NOTA FINAL: Para termos cá mais médicos também é preciso saber atraí-los, dotar o concelho de pontos de atracção.
E eu pergunto, se a albufeira do Castelo de Bode não podia ser esse ex-libris de lazer ecológico e de pureza ambiental, e de mais práticas desportivas náuticas.
Isto, para eles não terem que se fixar mais em Tomar...
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Cidades Criativas, concelhos criativos, qualidade de vida, desporto da natureza, enfim tanta coisa que podíamos oferecer, se não fosse a tacanhez de uns provincianos que nem o concelho conhecem...
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Depois há o outro candidato que vai agora começar a falar com as pessos. Se falar apenas 5 minutos com cada abrantino, até completar a rodada dos 35 mil abrantinos precisava de 7.000 horas, cerca de mil dias de trabalho, 200 semanas (sem sábados e domingos), ou seja 4 anos, fora o tempo das deslocações.
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Para o Próximo Mandato falamos, tá?!
Antº. Costa " esticou " demasiado a corda resumindo todo o problema à limpeza da floresta. Mas a que vai ser feita pelos privados. Pura falácia. O Estado, ainda tem muito mais a fazer. Faltam condições de dignidade social e económica aos rurais. Sobra muita floresta onde escasseia árvores de fruta, vinha e criação de gado. Uma vida equilibrada, rica e variada. Marcelo não escondeu quanto o segundo relatório aprofundou em relação ao anterior. Ainda havia (e há!) coisas por saber.
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INICIADO em 27.10.2007