Peter F. Drucker, um "mago da gestão", austríaco de nascimento e que um dia prosseguiu obra nos EUA, escreveu em 1986 o seguinte:
-« A lição deste século (XX) decorre de um tempo sem precedentes quanto a catástrofes e a cataclismos: duas guerras mundiais, um Estaline, um Hitler, um Mao... Em cada década vivemos "história" que normalmente só se desenrola num século; e apenas uma pequena parte dela foi benigna.»
Isto que vou escrever precisava de ser dito a quem "inventou" uma forma hábil - mas tacanha - de se esquivar à discussão das ideias e das propostas que é preciso debater em Abrantes, pensando que bastava dizer com sobranceria reles, de que " não se sentaria nunca à mesa"(comigo, João Pico).
Essa esperteza saloia não colhe, nem a Senhora sua Mãe, nem os Tios, nem o Avô lhe ensinaram a dizer uma barbaridade dessas. Portanto, o Dr. Santana Maia que dobre a língua e respeite os conterrâneos de seus antepassados. Porque se observar bem, ao negar-se a debater comigo seja o que for, só está a querer mostrar como se prepara para ignorar o povo de que eu emano.
Quando eu digo, que as propostas dele são por regra desqualificadas, dou exemplos desses erros. As propostas dele são imbecis e isentas de equidade. Dei mostras disso. Ele só tem que provar a competência. Se nada diz, é porque não sabe defender-se. Ora isso é a confissão da incompetência. è o que ele anda a fazer e a consentir que muitos mais pensem como eu.
Nunca lhe respondi, que as "vozes de burro não chegam ao céu"... E acresce, que neste momento, não cuido tanto do céu, porque o meu mundo é terreno e sei muito bem, quando o piso e onde ponho os pés!
O definhamento ocorrido no concelho de Abrantes não se oculta diante de um grandioso estádio de futebol, com as bancadas vazias em 95 % do ano e sem praticantes e jogos de futebol.
O definhamento ocorrido nas nossas freguesias ditas rurais é que gerou o definhamento de públicos no Centro Histórico da cidade. Proibir a construção em muitos espaços degradados das nossas aldeias foi um acto imbecil e atentatório das vidas de milhares de pessoas, que fez sobressair ainda mais a desertificação do concelho. E essa proibição esteve muito longe de promover o amanho das terras à volta desses espaços que ficaram sem a casa e sem a vigilância dos donos por perto. Foi esse o erro do PDM. Nunca antes, houve alguém a dizê-lo, como eu o fiz nestes últimos 8 anos. Essepassado é único em Abrantes e é muito meu. Vem em meu crédito.
O definhamento da afluência de pessoas ao Centro Histórico foi o resultado de uma sequência anormal de factores negativos e antagónicos, centrados sobre um concelho que nunca conseguiu obter uma elite bem preparada para socorrer os males municipais com elevação, com empenho e com vistas largas.
O definhamento do concelho acabou por ficar refém dessa escassez de cidadania elitista e sóbria. E toda a resistência à mudança foi o desenrolar normal de um povo descrente nas elites que acabou resignado a subjugar-se ao poder instalado, vendo nisso um mal menor.
Porém, o definhamento chegou hoje a um patamar tão baixo, que já nada obriga o povo a ficar indiferente à mudança.
Nos Estados Unidos a mudança é vista com bons olhos. Em Portugal, e especialmente em Abrantes, isso já não se tem verificado porque ao contrário dos EUA onde a competência é mesmo uma cultura de exigência colocada à cabeça de qualquer candidatura, mediante provas dadas e passado credível.
Mac Cann o candidato Republicano, filho e neto de grandes figuras da política e das Forças Armadas americanas, acabou vencido pelo filho e neto de humildes afro-americanos: Barack Obama.
Barack Obama tinha um objectivo em mente e sabia falar com todos. Era ele próprio e nunca usou o nome da família para marcar vantagens (rídiculas) diante dos adversários.
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O "snobismo" e o atropelo dos incompetentes são repudiados nos EUA. São algo algo que fere a sensibilidade dos primeiros defensores dos Direitos do Homem e do Cidadão, como Thomas Jefferson os iniciaram.
Nos EUA, ao contrário de Portugal e de Abrantes, neste caso especial, ninguém se apresenta comocandidato a uma autarquia, sem ter dado provas seguras de que sabe o que é uma câmara municipal e do que esta pode e deve dar aos munícipes.
Nõs EUA seria impensável, reunir um conjunto de indíviduos sem experiência e sem provas dadas na defesa do munícipio e "decidir" à porta fechada, entre amigos, quem era o número um e quem era o número dez da lista.
Nos EUA seria uma falta de respeito para com os munícipes e uma negação da seriedade que deve animar a diversidade da vida municipal, ao colocar seis ou sete professores amigos, entre os dez candidatos a um executivo municipal.
Trazer o exemplo dos EUA é sempre um bom exercício intelectual.
Deturpar essa comparação com maus exemplos, usando factos menos próprios e menos sérios é um logro: pura falácia!
Como é que esses maus exemplos ainda passam nos media, em pleno séc. XXI, eis uma questão que nem Peter F. Drucker saberia avaliar, por tão tacanha e obtusa prática ainda vigente em Portugal e em Abrantes.
NOTA: Só tem medo e repulsa pelas minhas críticas, quem está comprometido e cúmplice com os erros e desmandos que eu sempre combati, por amor ao concelho. Nunca cuidei de procurar velar pelo meu "emprego" ou pelo sucesso dos meus negócios com essas críticas: puras e duras, porque necessárias.
