Vale a pena insistir nisto: o cargo de Provedor ( nestes últimos dez anos) apenas confirmou que existe favorecimento nos serviços municipais, - os tais corredores onde só os mais expeditos entram - no dizer de um dos provedores ( militar), ao confirmar na prática, que também ele "conseguiu favorecimento" para alguns dos munícipes que foram ao seu encontro,( resta saber quantas centenas de munícipes, não chegaram até ele...) como confessou na sua última entrevista e que passou nos media locais.
PORTANTO,
e apesar desses oito anos, só com ele como Proveder, não sentiu ( nem houve mexidas nesse sentido) grandes modificações e melhorias da máquina administrativa, nomeadamente em dar o melhor seguimento aos requerimentos, esclarecer o andamento dos mesmos e proporcionar uma resposta atempada e com elevação e respeito pelas fracas capacidades intelectuais de muitos desses requerentes, sem posses e sem traquejo e sem conhecimentos para enfrentarem essa máquina administrativa, prepotente, indiferente e por vezes surda e cega.
LOGO,
não colhe virem para aí os "habitués" - os colunistas que gostam de trocar elogios encomendados entre si e os seus amigos - a elogiarem a condição de general do indigitado.
Uma prática que nos desprestigia e reduz à dimensão provinciana, desse elogio obsceno e fugaz, como se os cargos se justificassem pelo favor reverencial aos galões ou aos nomes brasonados.
Nomes esses, que nunca primaram por mostrarem antes na terra, a sua folha deserviços cívicos assinalada, mas que é mister por cegueira bacoca, continuar-se a adular como marca matricial, como se essa elite fosse uma fatia com peso e significado na vida dos 37 mil eleitores e de mais outros milhares de abrantinos arredados do seu concelho.
O que não é o caso, muitas vezes, pois ninguém lhes ouviu ou viu, uma acção cívica perante males públicos e universais, tomada antes.
Aliás, o exemplo caricato em Abrantes, manda chamar "luta cívica" quando alguém vem dizer que foi preterido no "tacho" ou por mero egoismo pessoal, fala dos buracos na sua rua, na consulta em espera para os seus.
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O cumulo surgiu em Abrantes, quando alguém que não aguentou esperar mais para suceder ao presidente da câmara de quem se dizia "herdeiro", (num sistema republicano de eleição por sufrágio universal, manda a verdade que o sublinhe esta abjecção...) e logo obteve as milhentas e pesarosas assinaturas da petição. A resposta do felizardo, não sendo de estranhar nele, revelou-se à altura da baixa cidadania dos que subscreveram com manha saloia, esse expediente de falta de vergonha na cara.
O silêncio de todos quantos emudeceram diante do gesto digno do Dr. José Amaral, pese a sua santa, mas imperdoável ingenuidade política, só mostra como anda de rastos, pelas ruas da amargura, o sentir da cidadania que afinal já não parece existir mais por Abrantes...
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COM O PROVEDOR,
não quero saber quem quer que seja, não serão mais uma dúzia de requerimentos com melhor andamento, - a excepção à regra costumeira e viciada - que irão justificar tanta pompa e circunstância. Porque o grave, é que à sombra dessa fanfarra, o desleixo e a omissão da máquina administrativa municipal irão folgar as costas por largos meses ou anos.
TUDO COMO DANTES...