Estranha forma de o PSD nos anestesiar e contribuir para a confusão geral. Claro que a pessoa é que conta nestes cargos. Se um oficial general com um passado de obediência às hierarquias, - não querendo colocar em causa a legitimidade da obediência e da hierarquia, no caso da instituição militar, nem ignorar e vincar até a minha condição ainda que breve de que eu fui um militar activo no 25 de Abril, logo desobediente à hierarquia militar - quaisquer que fossem os estatutos do Provedor, a pessoa em si, pela sua formação de carreira teria sempre a natural tendência para não fazer ondas e pugnar a sua conduta pelo espírito de lealdade à instituição que o acolhia, a câmara municipal.
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Aliás, a confirmação de tudo o que digo foicou desde logo bem estigmatizada na inovação criada pelo cunho pessoal deste Provedor que impôs a "ordem" de não receber nenhum munícipe pessoalmente, o que deixa antever as maiores suspeições quanto à natureza da sua proximidade aos munícipes e ao que vê nas queixas destes.
Quem não aceita encarar olhos nos olhos os seus munícipes, não parece vocacionado para o cabal desempenho das funções de Provedor.
Porque ao querer mostrar "distanciamento" não deve ignorar que esse aspecto gera receios fundados nos munícipes. Principalmente, quando estes são obrigados a deixarem por escrito uma queixa que será sempre lida antes de chegar ao Provedor por uma ou mais funcionárias da Câmara Municipal, a instituição que na maior parte dos casos será o alvo das queixas dos munícipes.
Não é preciso grandes dotes de perspicácia para se perceber que a Provedoria Municipal , tal como está organizada significa na prática o exemplo caricato de ter a raposa a guardar o galinheiro...