Há quem goste de afirmar que já não há verdades. Pura falácia.
Só fala assim, quem quer deixar a porta aberta a todas as iniquidades. Ou quem não faz ideia sobre coisa alguma.
Enquanto o Largo 1º de Maio foi existindo para dar apoio ao Mercado Diário, as coisas estavam equilibradas. Na década de 70 foi lá implantado o Tribunal, depois o Posto de Turismo, o jardim e retirada a Estação da Rodoviária dali perto. Os públicos deixaram de se poder concentrar junto ao Mercado Diário.
Estava na hora de alterar as coisas e dar outra dimensão ao Vale da Fontinha. Os anos foram passando. E há três anos entregaram essa urbanização a uma vereadora acabada de chegar à câmara e a um vice-presidente que tem horror a edifícios e ao sentido da dimensão urbana de uma cidade. O projecto da Fontinha só por milagre se salvava.
Onde sobravam terrenos, espaço e capacidade de implementar volumetrias faltavam capacidades de decisão e visão criativa. O Mercado Diário ficou condenado.
Diga-se que o espaço do Mercado Diário não tinha que ser reocupado para o tal projecto imobiliário. Nada disso. Toda a aposta nessa torre ou nessas torres de permuta, teriam que em nome do bom urbanismo, libertar o espaço do actual Mercado, para espaço de zona verde e de estacionamento e fazer recuar os novos edifícios bem mais para o interior do Vale da Fontinha, onde se estendem vastos terrenos livres.
Porque o espaço do actual Mercado teria forçosamente que dar lugar a espaço livre, a parque de estacionamento subterrâneo, a cruzamento de nó rodoviário. Enfim aproveitar muito bem aquela elevação escavando-a para romper novas acessibilidades.
Tudo o resto, são contos da carochinha, para deleite de aprendizes de feiticeiro, que em 2013 ninguém mais vai ouvir ou acolher no palco da exigência e da competência entretanto renascida, como se de pão para a boca se tratasse.
Sim, esta crise financeira vai dar uma vassourada na incompetência geral. Porque agora os eleitores já largam a bandeira partidária para olharem para a sua carteira. Querem ver o concelho a render dividendos e não mais a sorverem impostos crescentes.
É o regresso à gestão pura e dura. O romantismo falacioso já nos custou imenso.