OS BAIXOS SALÁRIOS TRARÃO de VOLTA A CONSTRUÇÃO CLANDESTINA
Desde 1974, o preço dos terrenos para construção subiram 300 vezes mais. Porém, como o preço das habitações só aumentaram 100 vezes mais, nesse mesmo período de tempo, isso quer dizer, que os especuladores têm usado os PDM e a pesada burocracia municipal e do Estado, que leva dez e doze anos a licenciar uma urbanização para fazer subir principalmente, os preços dos terrenos legalizados, cada vez mais um bem muito escasso e sem concorrência à vista.
Bastava o Estado e as autarquias lançarem cá para fora, lotes aprovados a preços simbólicos para se gerar o saneamento da crise imobiliária. É que os empréstimos para a compra das habitações fazem hoje do nosso país, o maior devedor externo da CE. O dinheiro veio dos nossos bancos, porque antes o foram pedir lá fora: é divina externa, pura e dura.
Quem perder a casa para o banco, não lhe resta muitas outras soluções. A urbanização pode voltar a ser um luxo demasiado incomportável para as bolsas dos mais mal pagos, como sucedeu nos anos 60. O mercado do arrendamento é fantasia inacessível às classes mais pobres.
E essa obsessão por projectos e mais projectos só para uma simples habitação começa a ficar fora das posses das pessoas trabalhadoras. Os projectos com tantas exigências formais acabam por ser em muitos casos, meras exigências burocráticas para "engordarem" projectistas que facturam a seu belo prazer em regime de monopólio e em lobbies com outros colegas instalados nas autarquias. São esses grupos de traficância que monopolizam o negócio imobiliário. Um cartel de verdadeiras "máfias" surgem por essas câmaras e ninguém consegue escapar-lhes...
Os portugueses não podem suportar essa burocracia tendenciosa. É ruinoso para o país e para o fisco, uma receita tributária em IMI e IMT e licenciamento que deveria realizar-se em 60 dias demorar seis a dez anos. Quanto défice público não se sanava com todos os processos de licenciamento despachados em 60 dias?
A alternativa virá com os clandestinos, à imagem dos anos 60. Quando os pobres não podiam pagar estradas e saneamento, nem rendas de classe média.
João Baptista Pico
Abrantes
Desde 1974, o preço dos terrenos para construção subiram 300 vezes mais. Porém, como o preço das habitações só aumentaram 100 vezes mais, nesse mesmo período de tempo, isso quer dizer, que os especuladores têm usado os PDM e a pesada burocracia municipal e do Estado, que leva dez e doze anos a licenciar uma urbanização para fazer subir principalmente, os preços dos terrenos legalizados, cada vez mais um bem muito escasso e sem concorrência à vista.
Bastava o Estado e as autarquias lançarem cá para fora, lotes aprovados a preços simbólicos para se gerar o saneamento da crise imobiliária. É que os empréstimos para a compra das habitações fazem hoje do nosso país, o maior devedor externo da CE. O dinheiro veio dos nossos bancos, porque antes o foram pedir lá fora: é divina externa, pura e dura.
Quem perder a casa para o banco, não lhe resta muitas outras soluções. A urbanização pode voltar a ser um luxo demasiado incomportável para as bolsas dos mais mal pagos, como sucedeu nos anos 60. O mercado do arrendamento é fantasia inacessível às classes mais pobres.
E essa obsessão por projectos e mais projectos só para uma simples habitação começa a ficar fora das posses das pessoas trabalhadoras. Os projectos com tantas exigências formais acabam por ser em muitos casos, meras exigências burocráticas para "engordarem" projectistas que facturam a seu belo prazer em regime de monopólio e em lobbies com outros colegas instalados nas autarquias. São esses grupos de traficância que monopolizam o negócio imobiliário. Um cartel de verdadeiras "máfias" surgem por essas câmaras e ninguém consegue escapar-lhes...
Os portugueses não podem suportar essa burocracia tendenciosa. É ruinoso para o país e para o fisco, uma receita tributária em IMI e IMT e licenciamento que deveria realizar-se em 60 dias demorar seis a dez anos. Quanto défice público não se sanava com todos os processos de licenciamento despachados em 60 dias?
A alternativa virá com os clandestinos, à imagem dos anos 60. Quando os pobres não podiam pagar estradas e saneamento, nem rendas de classe média.
João Baptista Pico
Abrantes