Não estivesse a história local capturada pela "escola das candeias às avessas" e ter-se-ia sabido como a cidade de Abrantes à guarda do Major Machado foi recompensada pela submersão das terras dos fregueses do Norte. O Hotel, o La Salle, a Escola Industrial, a Casa de Saúde e o Teatro de S. Pedro foram "facilidades" do Estado Novo, com a reserva da época, após Castelo Bode. Aos fregueses do Norte coube-lhes os ossos e foram dar com os costados em Lisboa.
"Em política, o que parece é!" - Salazar dixit.
Este aspecto é deveras curioso. Suscita sérias interrogações, porque nada parece fazer crer numa alteração tão espontânea que rompesse com a letargia cívica da cidade abrantina. Ao que parece, uma "facilidade" administrativa e política, como se de uma "recompensa" se tratasse terá surgido para fazer erguer essas obras. Abrantes ficou acomodada e nunca mais cresceu. Não admira que mais uma vez, já no advento dos fundos europeus se voltassem a tecer elogios a um autarca que se cingiu apenas a fazer obras na cidade.
Bem podia a oposição de direita ( PSD + CDS) atacar as obras megalómanas, como o fez desde 2001, quando a elite dominante aparentada com a direita, de forma ardilosa e encapotadamente, lá ia esfregando as mãos de contente com as obras do autarca socialista...