A nova lei das autárquicas irá modificar tudo completamente: os executivos municipais passam a ser de uma só lista retirada dos candidatos das listas às assembleias num sistema de cesarismo-bonapartista dos cabeças de lista, que escolhem os eleitos a seu belo prazer.
Num concelho em que sempre liderou a maioria PS, com a excepção de 1989/93, que veio a ser arrasadora para o futuro das aspirações do PSD, ao colocar as divergências no seio do PSD local numa lista negra repulsiva, não se espere que venha do PSD - com a fantasiosa aliança ao CDS, que não interessa a este partido de forma alguma,- qualquer hipótese de sucesso alternativo.
Tudo o que virá por aí, será sempre um atamancar das situações mal esclarecidas.
Com a redução do número de freguesias em um terço, o poder dos presidentes de junta irá cair no fosso mais profundo. Fica tudo em aberto.
Tudo o que se projecte nessa ignorância é pura perda de tempo. Só gente ignorante e inexperiente pode imaginar candidaturas alternativas no quadro partidário.
Daí, que a hipótese mais séria e credível possa partir de um movimento de cidadãos, onde à partida sejam afastados os "albanos" do regime, coniventes com o "status quo". Mas para isso eram necessários cidadãos com credibilidade e experiência de vida, e provas dadas na cidadania. Ora, a cidadania fora do PS dominador, quase que não existiu nunca por Abrantes. O que agrava ainda mais a hipótese de alternativa.
Não vejo ninguém a falar disso...
Os papagaios da Barão da Batalha falam de coisas alheias ao interesse municipal.