Companheiro Paulo Portas, todas as lideranças têm um fim.

ALDEIA de MATO e SOUTO com a sua "UNIÃO" tem o caminho aberto para serem a MAIOR e MAIS PROMISSORA FREGUESIA do CONCELHO de ABRANTES. Basta saber livrar-se uns "certos jumentos" da canga autárquica...

sábado, 25 de fevereiro de 2012

4.464 - O problema das "Primárias" é depender do voto primário das facções militantes

Quando 47 % dos funcionários públicos estão na dependência directa ou indirecta do Ministério da Educação, - como referiu o ministro Nuno Crato há tempos na SIC-N, em resposta ao jornalista Mário Crespo, - percebemos bem melhor como o poder autárquico se foi tornando uma extensão dos conselhos directivos escolares e do "lobby" do professorado, sem dúvida uma força de bloqueio e ao mesmo tempo uma poderosa e eficaz máquina de manipulação da opinião pública. Estar como docente ou quiçá, como funcionário auxiliar numa escola, - apesar da diminuição crescente do número de alunos por força da queda da natalidade, - ainda representa um palco privilegiado de influência pessoal junto das famílias dos alunos.
Todas as famílias acabam sempre por ter um ou mais alunos na escola. Os professores da escola são pessoas familiares aos avós, aos pais e aos tios dos seus alunos, e ainda dos muitos primos e primas. Numa festa de anos, num encontro de familiares o tema das notas e dos estudos acaba sempre por dominar os tempos de conversa, nos intervalos das discussões do futebol, das telenovelas, da crise, do emprego e do custo de vida. 

Frases como "o professor do meu neto vai candidatar-se à câmara" ou "o candidato A ou o candidato B, são professores do meu filho, do meu irmão mais novo"  têm imenso peso na determinação do sentido de voto dos eleitores. E quando numa autarquia municipal, a abstenção dos eleitores se aproxima dos 50 %, o peso dos professores mostra-se determinante e quase imbatível. 
Não é por acaso, que a maioria dos autarcas desde 1976, vieram do ensino. Mas atente-se neste outro aspecto: os professores poderiam ter nos médicos e nos diferentes profissionais de saúde uns sérios concorrentes à vida autárquica. Todavia, tal não acontece porque os profissionais ligados à saúde têm maior apego à sua carreira e no fundo sentem os seus cargos mais duradouros, não os trocando facilmente por uma opção política e autárquica. Isso mais reforça o quase "monopólio" da oligarquia docente, na vida das autarquias.
Face a esta contingência emocional das famílias eleitoras, a opção eleitoral fica desde logo muito reduzida, quando não se dá o caso de ficar mesmo anulada.

Porém, ainda subsiste outro imponderável: o fraco conhecimento do dia a dia de uma autarquia associado ao desconhecimento total dos eleitores em geral sobre as inúmeras soluções que nunca foram levadas em conta nos despachos medíocres que acabam sempre por vingar nas decisões dos autarcas. 
Tivessem os eleitores um conhecimento mais amadurecido e crítico sobre a leviandade das discussões e a ligeireza dos pareceres técnicos que embrulham muitos dos despachos camarários e os actos eleitorais teriam outra expressão e outro grau de exigência.

Sejamos sérios: ninguém lê uma acta da câmara com capacidade crítica para ver as imbecilidades que por vezes as mesmas reflectem, sem que nada aconteça.
 
Não basta aos eleitores darem um tímido sinal participativo ao comentarem entre si, ou para os candidatos, que só decidirão o seu voto depois de lerem os programas. Não há hoje analfabeto político algum, que não venha com essa proposta para os diferentes candidatos, no contacto porta a porta, para depois no dia do voto, lá termos o jacobinismo partidário a deixar as marcas da "ditadura do voto útil". Voto útil para alguém, mas nunca para a melhoria de vida municipal.
Outras vezes, a predisposição declarada para ver e confrontar os diferentes programas eleitorais não passa de uma desculpa de manhosos "chicos-espertos".
Ora na ausência de uma profunda consciência cívica dos eleitores, sempre tentados a trocarem o seu voto pela promessa do "bacalhau a pataco" - de resto uma expressão que já vem de há mais de 100 anos, com a I República, e que não pára de se manter actual e viva, com a mesma sina ardilosa de sempre - as esperanças de alternativas pelo mérito das propostas e de quem as profere estão de todo arredadas dos actos eleitorais. Veja-se a suprema ironia dos que dizendo-se democratas, nunca deixaram de dizer, que por cá quem ganha são sempre os mesmos: os nossos, no dizer da maioria que gosta de se colar aos vencedores, sem quaisquer escrúpulos ou peso de consciência.

Assim, não há primárias que anulem ou ultrapassem o grau tão básico e tão primário dos votantes. E isto é preciso ser dito e interiorizado.



BLOGUE PICO do ZÊZERE ABT

INICIADO em 27.10.2007

Nos idos de 1970 torneios sem subsídios mas muito amor e suor...

Nos idos de 1970 torneios sem subsídios mas muito amor e suor...
Equipa de futebol do Souto, c/ João Pico a capitão da equipa ( 2º em cima à esqª.)

É esta a obra que Sócrates inaugurou e depois mandou "AFUNDAR"...

É esta a obra que Sócrates inaugurou e depois mandou "AFUNDAR"...
Paulo Portas e João Pico vendo o Parque Ribeirinho...

O Urbanizador foi mesmo a Câmara, acreditem!...

O Urbanizador foi mesmo a Câmara, acreditem!...
Alta tensão sobre Urbanização Municipal nas Arreciadas

Fados no Rossio ao do Sul do Tejo, ontem no Jantar dos Lyon`s de Abrantes

Fados no Rossio ao do Sul do Tejo, ontem no Jantar dos Lyon`s de Abrantes
Nuno Pico acompanhado à guitarra por Alfredo Gomes e na viola José Mário Moura

CIDAS, em 1975,a água de REGA no SOUTO - 10 anos antes da água dos SMAS! FUI um dos FUNDADORES!

CIDAS, em 1975,a água de REGA no SOUTO  - 10 anos antes da água dos SMAS! FUI um dos FUNDADORES!
E desafiei o então presidente, Engº José Bioucas a ir à albufeira do Castelo de Bode connosco buscar água para a freguesia e para ABRANTES. Só que o Engº riu-se... E só em 2001 é que lá foram à albufeira... Tive razão antes do tempo...

Nascido e baptizado no Souto, comigo não há dúvidas de que sou do Souto de Abrantes

Nascido e baptizado no Souto, comigo não há dúvidas de que sou do Souto de Abrantes
Retábulo da Matriz do Souto onde João Pico foi baptizado

Arquivo do blogue