A primeira observação a fazer reside nesta situação, bem caricata, por sinal, que nos dá esta barbaridade urbanística: se fosse possível refazer todo o espaço urbanizável da Vila, dentro de uma só urbanização nova, então, nesses 288 hectares, sem perder de vista o COS 0,4 aplicável nas novas urbanizações do PUT e tomando com limite determinante a densidade de 50 fogos por hectare, resultava uma ocupação efectiva de 28 hectares com as novas construções. Isto é, 10 % da área total consignada no perímetro do PUT. Quer dizer, que o PUT pode numa interpretação maximalista obrigar ao confisco de 90 % dos 288 hectares dos privados, para o domínio público.
Um grosseiro esbulho!
Para que serve então o Plano de Urbanização do Tramagal?
E, valha a verdade, que ao não aparecer uma única urbanização depois do PUT de 2003, isso só pode significar que a sua concepção é uma perfeita idiotice.
Um grosseiro esbulho!
Para que serve então o Plano de Urbanização do Tramagal?
E, valha a verdade, que ao não aparecer uma única urbanização depois do PUT de 2003, isso só pode significar que a sua concepção é uma perfeita idiotice.
Por aqui já se pode imaginar o logro deste PUT: apresenta uma área de intervenção de 288 hectares e acaba por consentir a ocupação construtiva em apenas 28 ha.
Se contarmos com cerca de 7% para arruamentos ( cerca de 20 hectares) sobram depois de somados os 28 ha da implantação dos prédios de construção aos 20 ha dos arruamentos, qualquer coisa como 240 hectares de espaço verdes para o domínio público urbano. Qualquer coisa equivalente aos espaços ocupados por cerca de 480 campos de futebol de 50x100 metros. Este exemplo, um pouco grotesco, dá para perceber os espaços verdes que a vila teria que saber gerir, limpar e cuidar. Não é fácil. Mas foi o que o PUT apontou.
Isto para não se questionar desde já a utilidade de 240 hectares dentro do espaço urbano. Que tipo de exploração se poderia fixar para essa monstruosidade de 240 ha, entregues ao domínio público?
Está bom de ver, que o PUT podendo gerar "bolsas de terrenos" para ceder gratuitamente ou a preço simbólico, em benefício da auto-construção dos fregueses e de novos residentes interessados, com cláusulas de reversão da propriedade, ou de outras penalizações pecuniárias para reembolso do valor base dos terrenos dessas mesmas auto-construções, caso os beneficiários necessitassem de vender as suas casas por quaisquer razões de ordem pessoal, nos primeiros anos após a construção. Essa matéria já está consignada noutros campos, nomeadamente nas bonificações de juros antes de 2002.
Nada disto foi aproveitado com o PUT. Ao invés, todos os proprietários fugiam apavorados do esbulho das suas terras perpetuadas na cínica regulamentação dos inimigos da propriedade privada. Por isso, o PUT nunca gerou uma só nova urbanização. Está encontrada e explicada uma das razões principais para esse repúdio.
O que tivemos desde 2003 foi uma concepção grotesca a empurrar para uma gestão ruinosa, como facilmente se vê... Quiçá criminosa?
Se contarmos com cerca de 7% para arruamentos ( cerca de 20 hectares) sobram depois de somados os 28 ha da implantação dos prédios de construção aos 20 ha dos arruamentos, qualquer coisa como 240 hectares de espaço verdes para o domínio público urbano. Qualquer coisa equivalente aos espaços ocupados por cerca de 480 campos de futebol de 50x100 metros. Este exemplo, um pouco grotesco, dá para perceber os espaços verdes que a vila teria que saber gerir, limpar e cuidar. Não é fácil. Mas foi o que o PUT apontou.
Isto para não se questionar desde já a utilidade de 240 hectares dentro do espaço urbano. Que tipo de exploração se poderia fixar para essa monstruosidade de 240 ha, entregues ao domínio público?
Está bom de ver, que o PUT podendo gerar "bolsas de terrenos" para ceder gratuitamente ou a preço simbólico, em benefício da auto-construção dos fregueses e de novos residentes interessados, com cláusulas de reversão da propriedade, ou de outras penalizações pecuniárias para reembolso do valor base dos terrenos dessas mesmas auto-construções, caso os beneficiários necessitassem de vender as suas casas por quaisquer razões de ordem pessoal, nos primeiros anos após a construção. Essa matéria já está consignada noutros campos, nomeadamente nas bonificações de juros antes de 2002.
Nada disto foi aproveitado com o PUT. Ao invés, todos os proprietários fugiam apavorados do esbulho das suas terras perpetuadas na cínica regulamentação dos inimigos da propriedade privada. Por isso, o PUT nunca gerou uma só nova urbanização. Está encontrada e explicada uma das razões principais para esse repúdio.
O que tivemos desde 2003 foi uma concepção grotesca a empurrar para uma gestão ruinosa, como facilmente se vê... Quiçá criminosa?
Qual a razão desta trapalhada?
Desde logo, a opinião pública foi previamente "intoxicada" por pseudos preconceitos de falso teor ambiental. Ninguém hoje pode ouvir falar em mais betão, em mais especulação imobiliária, em mais bolha imobiliária, etc, etc, etc...
E sem esquecer a tentativa algo estranha e obtusa da Câmara, ao enveredar pelas urbanizações municipais, com vendas de lotes de terreno, a preços especulativos, quando tinha outra solução bem mais vantajosa para os fregueses e para todos quantos quisessem vir viver para o Tramagal. Claro que a soberba do Cabeço não permitia tamanha generosidade. Nem o socialismo foi feito para essas magnanimidades. Espanta como tantos se deixaram ludibriar.
Paradoxal, saber-se que esta minha crítica continuada e agora explicada nesta proposta, até vem de alguém que tantas vezes tem sido acusado e injuriado por ser de direita. Até parece que havia quem temendo a minha explicação, já se sentisse incomodado antes do tempo e com a consciência bastante pesada...!
E sem esquecer a tentativa algo estranha e obtusa da Câmara, ao enveredar pelas urbanizações municipais, com vendas de lotes de terreno, a preços especulativos, quando tinha outra solução bem mais vantajosa para os fregueses e para todos quantos quisessem vir viver para o Tramagal. Claro que a soberba do Cabeço não permitia tamanha generosidade. Nem o socialismo foi feito para essas magnanimidades. Espanta como tantos se deixaram ludibriar.
Paradoxal, saber-se que esta minha crítica continuada e agora explicada nesta proposta, até vem de alguém que tantas vezes tem sido acusado e injuriado por ser de direita. Até parece que havia quem temendo a minha explicação, já se sentisse incomodado antes do tempo e com a consciência bastante pesada...!
Curiosa a referência que alguém ontem no Facebook me dirigia, de que a defesa de mais construção no Tramagal estava condenada, face à crise da "bolha imobiliária" e no falhanço desenvolvimento económico assente na construção em alta densidade. Ora a "intoxicação" não podia ser mais evidente. Eu não defendo, nem nunca defendi a construção de alta densidade no Tramagal, De resto, sei fazer muito bem essas contas e por experiência, também sei reconhecer que terras como o Tramagal não podem nunca alinhar na alta densidade construtiva. Isso é para a Grande Lisboa, para Paris, ou Nova Iorque.
Mas não deixa de ser curiosa essa alusão, quando o que sempre defendi foi maior flexibilidade para todos os fregueses que querendo aproveitar um terreno de família, não se vissem privados da oportunidade de nele poderem dar continuidade à sua ligação à terra dos seus antepassados. Ora isso é uma proposta bastante exequível e inteiramente justa. E como referi atrás havia sempre - de uma forma ou de outra - maneira de se chegar a uma boa solução a contento de todos.
Negar essa possibilidade numa terra, que ainda por cima vai perdendo população, é que se nos afigura um grande crime contra a humanidade e uma medida abusiva e totalmente desproporcionada. Vejam bem, quanto a "intoxicação" pseudo ambiental acabou por desmobilizar os fregueses, fazendo-os reféns de uma complacência e uma apatia crítica. Restou toda uma população acossada por restrições contra as regras mais ancestrais da natureza humana: o direito ao abrigo, por parte de todos os membros das famílias tramagalenses, e não só!
A propósito de um pinhal - por sinal com o mato por cortar, em 2011, - data das fotos - atente-se no argumento arrevesado, de que para não se abrir lá uma estrada de acesso ao parque de jogos e que ao mesmo tempo libertasse a Terra Nova do perigoso beco sem saída em que se encontra - no caso de incêndio do pinhal o perigo era terrível! - se chegou ao ponto absurdo, de se dizer que depois de vários hectares para a Mitsubishi e para a Zona Industrial, já era tempo de se dizer basta!
Dizer basta, quando chegava a vez de dar satisfação aos desejos mais ancestrais da população, que passava pelo direito ao abrigo?!
Nada mais errado! Talvez o que faltasse ali, fosse mesmo um espaço - por muito reduzido que fosse - de "humanização" do pinhal. E nada como permitir algumas casas ao longo dessa rua de acesso, entre a Terra Nova e o Parque de Jogos.
Nada mais errado! Talvez o que faltasse ali, fosse mesmo um espaço - por muito reduzido que fosse - de "humanização" do pinhal. E nada como permitir algumas casas ao longo dessa rua de acesso, entre a Terra Nova e o Parque de Jogos.
Voltando aos 28 hectares de implantação construtiva, tendo por base de cálculo da densidade nos 288 hectares a 50 fogos por hectare, então o PUT permitia que o Tramagal chegasse aos 13 mil FOGOS.
UM HORROR! - gritam os falsos ambientalistas, cegos pela sua própria doutrina, desproporcionada e errónea.
Em teoria poderia chegar-se aos 13 mil FOGOS com essas tabelas do PUT e considerando que o casco histórico acabaria todo remodelado e ampliado. Todavia, esse cenário só surgiria se houvesse condições para atrair ao Tramagal habitantes para ocuparem esses fogos, dentro das regras de mercado aberto. Não é nada que não tenha acontecido noutras paragens e todas as terras e vilas desejam um pouco desse crescimento ou de outro parecido. Assim houvesse a ponte e se desenvolvesse o próprio espaço abandonado, a que chamaram Zona Industrial do Tramagal.
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Com 13 mil fogos, ainda sobravam muitos espaços destes livres de construção, fora as vinhas e os pinhais! |
Acontece, que os tais 28 ha de implantação de novas construções no exemplo do PUT - levado a uma interpretação maximalista - deixavam livres de implantação construtiva, pelo menos, 240 hectares de zonas verdes, nos tais 288 ha do perímetro total do PUT.
Juntando os 20 hectares de arruamentos teríamos um total de 260 hectares de espaços públicos, para uma ocupação de 28 hectares de área de implantação de novas construções. No fundo, o PUT que dizia permitir um COS de 0,4 nesses 288 hectares, e para um máximo de 13 mil fogos, acabava na prática esse dito COS de se ficar não pelos 0,4 mas por apenas 0,1...!!!
Chegados a este ponto, importa desde já sublinhar, que no final de contas, o actual PUT, tal como vem sendo "gerido" desde 2003, com esses "288 hectares no papel" tem na prática deixado os 4 mil habitantes, sem solução habitacional palpável e à vista. Logo, nos 288 hectares o COS nunca foi de 0,4 como diz o PUT, nem tão pouco de 0,3.
Ora se o COS 0,4 nesses 288 ha dava para 13 mil fogos, logo podíamos apontar para uma população nesses mesmos fogos de 26 mil a 39 mil habitantes.
Com os actuais 4 mil habitantes o COS efectivo , deste estranho PUT acba por ser inferior a 0,1...!!!
UMA PARÓNIA SOCIALISTA...!
Com os actuais 4 mil habitantes o COS efectivo , deste estranho PUT acba por ser inferior a 0,1...!!!
UMA PARÓNIA SOCIALISTA...!
Daí esta "mentira" do PUT. Aquilo é uma aberração completa!
E desde 1995 que andamos às voltas com a mentira do PDM, que tem muita desta fantasia lá à mistura. Desde 2003 que sabemos que o PUT não deu em nada. Não deu, não dava, nem dá!
Tenho pena que 40 mil habitantes do concelho e mais outros 30 ou 40 mil descendentes e herdeiros de outros abrantinos, se tenham deixado enganar, e ainda se mostrem complacentes diante de tamanha incompetência administrativa. Eu sempre os alertei do logro. Pelo menos em escritos a partir de 2001. Como é que tantos sábios se mostraram complacentes com essa falácia socialista?!
Nota: As fotos usadas foram retiradas do Album de Fotos do tramagalense António José de Carvalho, que concordando com algumas das minhas observações vem divergindo noutros pormenores. Nada que com o tempo não se esclareça por completo. Tenho essa esperança.
Nota: As fotos usadas foram retiradas do Album de Fotos do tramagalense António José de Carvalho, que concordando com algumas das minhas observações vem divergindo noutros pormenores. Nada que com o tempo não se esclareça por completo. Tenho essa esperança.