Isto é, quantas licenciaturas nas nossas escolas superiores não têm "beneficiado" de certos "créditos de avaliação generosa", por parte de docentes mais permeáveis ao pedido do amigo, a favor dos filhos dos seus amigos?
Porque esta coisa de licenciaturas com médias altas ou médias acima de dez valores, podem esconder uma generosidade do professor mais "sensível" ao apelido do aluno e ao peso do nome da família. Desde logo, os professores têm filhos, têm sobrinhos, podem ter netos, sobrinhos netos, e principalmente, muitos primos com apelidos comuns.
Não faltam no nosso país, licenciados cujos pais e os avós já foram docentes nessas escolas superiores. Isso conta para a nota final, por muito que o queiram negar.
A "licenciatura" de Miguel Relvas não foge muito à natureza de muitas outras licenciaturas. No fundo, espreitou uma "abertura na lei", e assentou no "saber de experiência feito", que existiu e é verdadeiro, pese toda a avaliação dos créditos que essa experiência tenha acumulado, ao ponto de ter dispensado o requerente da frequência a trinta e duas cadeiras do curso de 36 cadeiras.
Porque esta coisa de licenciaturas com médias altas ou médias acima de dez valores, podem esconder uma generosidade do professor mais "sensível" ao apelido do aluno e ao peso do nome da família. Desde logo, os professores têm filhos, têm sobrinhos, podem ter netos, sobrinhos netos, e principalmente, muitos primos com apelidos comuns.
Não faltam no nosso país, licenciados cujos pais e os avós já foram docentes nessas escolas superiores. Isso conta para a nota final, por muito que o queiram negar.
A "licenciatura" de Miguel Relvas não foge muito à natureza de muitas outras licenciaturas. No fundo, espreitou uma "abertura na lei", e assentou no "saber de experiência feito", que existiu e é verdadeiro, pese toda a avaliação dos créditos que essa experiência tenha acumulado, ao ponto de ter dispensado o requerente da frequência a trinta e duas cadeiras do curso de 36 cadeiras.
A "licenciatura" de Relvas, ao contrário de quase todas as outras, não foi usada para subir nos cargos públicos, como muitos incompetentes fizeram por esse país fora. Foi assim nas Forças Armadas, com os sargentos a subirem para o curso de oficiais e depois a atingirem um topo de carreira, que valha a verdade, não ia além da patente de coronel.
Na Administração Pública também havia amanuenses que subiam a chefes de serviço e depois com um curso superior - tirado à pressão - lá chegavam a Directores de Serviço. Valia a lei do desenrascanço.
Todavia, não oiço ninguém contestar ou esmiuçar a natureza da obtenção das licenciaturas dos cursos superiores em geral. Será que as notas apensas nas avaliações de todas as provas escritas correspondem mesmo ao somatório das pontuações bem ponderadas e justas que foram atribuídas às respostas certas. E até que ponto, é que as respostas estarão mesmo certas ou aceitáveis como certas?
MAIS: ninguém ainda falou das coincidências de certos nomes eapelidos de família que costumam invadir certas e determinadas licenciaturas, desde há duas ou três ou quatro gerações.
São os advogados, que já vêm dos tempos dos avós, dos pais, dos filhos e dos netos, muitas vezes com um ou vários elementos de cada geração a terem tomado assento no corpo directivo dessas faculdades e no conselho pedagógico, muitas vezes a terem os pontos de exame das provas guardados pela casa fora, muito à mão dos filhos que viviam em casa. Filhos que tinham colegas no curso e que não deixariam de saber mais, sobretudo sobre esta ou aquela matéria a sair nasperguntas do exame. Tudo isto, já a começar nos liceus e no secundário, numa escala ainda mais alargada, está bom de ver.
Finalmente, que dizer daqueles "burros" que andam para aí a apregoar uma licenciatura superior num curso, tirado na faculdade onde o avô ou o papá foi docente?!
Será que o título académico de por exemplo, de arquitecto ou advogado, será muito diferente da licenciatura facilitada do Relvas, quando se trata do filho de um professor de arquitectura ou de um Mestre em Direito?
E quando os filhos são todos juristas ou todos arquitectos e vai a ver-se, o pai ou o avô deles, foi ou é, docente na respectiva faculdade, que licenciou os filhos?!
Haja o primeiro que atire a primeira pedra...